Ex-presidente de empresa de ônibus envolvida com crime organizado é preso novamente em SP

Ubiratan Antônio da Cunha, já havia sido preso no ano passado, por suspeita de integrar e participar na lavagem de dinheiro com a organização criminosa PCC.


A Polícia Civil prendeu novamente nesta segunda-feira (07), o ex-presidente e investigado da empresa de ônibus UPBus, que atuava na Zona Leste de São Paulo.


Ubiratan havia sido solto e acompanhava o processo judicial em liberdade. A nova prisão dele, havia sido decretada pela Justiça está semana. Ubiratan se entregou por volta das 23h30 desta segunda-feira (07), no 50° Distrito Policial (DP), no Itaim Paulista, Zona Leste da Capital, acompanhado do advogado de defesa, Anderson Minichillo de Araújo.

Segundo a Polícia Civil, a lavagem de dinheiro era feita por meio da empresa de ônibus, então na época presidida por Ubiratan, que foi alvo de intervenção da Prefeitura de São Paulo após uma operação do Ministério Público de São Paulo.

A empresa teve o contrato rompido com a SPTrans em processo que começou em dezembro do ano passado. Junto com a Transwolff, as duas empresas foram proibidas pela gestão Ricardo Nunes (MDB) de prestarem serviço público na cidade em janeiro.

Ainda segundo a Polícia, Ubiratan foi encaminhado para a carceragem do 64° Distrito Policial (DP), em cidade Antônio Estevão de Carvalho (SP). O acusado passou por uma audiência de custódia nesta terça-feira (08).

Fim do contrato

Em 19 de fevereiro, a Prefeitura da Capital Paulista negou o último recurso apresentado pelas empresas de ônibus Transwolff e UPBus, no processo administrativo contra o encerramento do contrato delas de transporte de passageiros. Com isso, os contratos foram rompidos.


As empresas atendiam a mais de 600 mil passageiros por dia, nas Zonas Sul e Leste de São Paulo. A Transwolff era responsável por 142 linhas de ônibus da Zona Sul, com 1.146 veículos que transportavam uma média de 583 mil passageiros por dia. 

Já a UPBus, que tem frota de 158 ônibus, atendia 13 linhas e transportava 73 mil passageiros por dia na Zona Leste da Capital.

As linhas operadas por estas empresas já estavam sob intervenção municipal imposta pela Prefeitura da Capital, por não cumprirem integralmente os contratos. Em dezembro de 2024, a Prefeitura deu início aos processos para romper os contratos. No final de janeiro, a pasta já tinha proibido as duas empresas de operarem linhas de ônibus na Capital.

Motivos 

De acordo com o relatório de uma auditoria da Prefeitura, a Transwolff perdeu as condições financeiras de continuar operando. Em relação à UPBus, o que motivou a ação da prefeitura foi o fato de a empresa ter como sócios líderes acusados de ligação forte com o PCC.


Para a Justiça, existem suspeitas de que o crime organizado esteja infiltrado no transporte público de São Paulo desde os anos 1990, quando parte do sistema era operado por perueiros clandestinos, que faziam o trajeto entre os bairros mais afastados e os terminais de ônibus.


Fotos: Divulgação/Diário do Transporte.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem

FLAGRA SP: Motociclistas por aplicativo realizam motociata em protesto no Centro de SP.