A prisão aconteceu durante a tarde desta segunda-feira, por Policiais do 10º Distrito Policial (DP), na Zona Leste da Capital Paulista.

A Polícia Civil prendeu na tarde desta segunda-feira (09), na Zona Leste de São Paulo, um dos traficantes mais procurado do Estado.
De acordo com informações da Polícia Civil, Renato Oliveira Mota é acusado de ter participado das execuções de Rogério Jeremias de Simone, vulgo “Gegê do Mangue” e Fabiano Alves de Souza, vulgo “Paca”.
Ainda segundo a Polícia, Gegê e Paca, eram chefes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
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Gegê do Mangue e Paca, mortos durante emboscada em 2018. FOTOS: Divulgação/Polícia Civil. |
Os crimes aconteceram no dia 15 de Fevereiro de 2018, em uma aldeia indígena, em Aquiraz, na região metropolitana de Fortaleza (CE). Segundo as investigações, "Gegê" e "Paca" foram assassinados pelo os próprios companheiros, por desviarem dinheiro da facção para manter uma vida de luxo no Ceará.
O Tribunal de Justiça do Ceará, por meio da 1ª Vara da Comarca de Aquiraz, já havia expedido mandado de prisão preventiva contra Renato Oliveira Mota. Porém, durante todos esses anos, ele seguia foragido.
A prisão aconteceu por meio dos Policiais do 10º Distrito Policial (DP), da Penha, na Zona Leste da Capital Paulista. Renato foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Trânsito e deve passar por audiência de custódia nesta terça-feira (10).
Relembre o caso
Rogério Jeremias de Simone, o "Gegê do Mangue", e Fabiano Alves de Sousa, o "Paca", foram mortos no dia 15 de Fevereiro de 2018, durante uma emboscada após roubarem a própria facção, em remessas de cocaína que sairiam do porto de Santos, no Litoral de São Paulo para outros continentes.
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André Oliveira Macedo e Gilberto Aparecido dos Santos. FOTOS: Divulgação/Polícia Civil. |
André de Oliveira Macedo, vulgo "André do Rap", também teria participado do desvio da droga no porto. Ele chegou a ser preso pela Polícia Federal (PF) em Angra dos Reis (RJ) em 2019, mas saiu da prisão após ser beneficiado por decisão do ministro Marco Aurélio Mello do (STF), deixando a penitenciária de Presidente Venceslau (SP) no dia 10 de outubro de 2020.
Gilberto Aparecido dos Santos, vulgo "Fuminho", foi outro acusado de ter participado das execuções. Em abril do ano passado, a Justiça do Ceará decidiu não leva-lo à júri popular, sendo inocentado, diante da "ausência de indícios de autoria" dos homicídios.
Wagner Ferreira da Silva, vulgo "Cabelo Duro", também participou das execuções, mas acabou sendo morto por vingança pela própria quadrilha no ano de 2019, na frente de um hotel, no Jardim Anália Franco, na Zona Leste da Capital Paulista.
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Wagner Ferreira da Silva, vulgo Cabelo Duro. FOTO: Divulgação/Polícia Civil. |
Ao todo, o processo envolvendo a morte de Gegê e Paca, também envolve dez acusados, com sete deles pronunciados até o momento. Além de Tiago Lourenço, outros réus, como André Luis da Costa Lopes, Erick Machado dos Santos, e Maria Jussara da Conceição Ferreira Santos, também tiveram a pronúncia mantida pela Justiça. No entanto, alguns recorreram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o caso segue tramitando.
O processo, com mais de 9 mil páginas, tem se arrastado desde 2018, envolvendo diversas decisões e recursos e precisou ser desmembrado para garantir celeridade ao julgamento.
Fotos: Divulgação/Polícia Civil.
Fotos: Divulgação/Polícia Civil.