A operação da PF batizada como "Estafeta", investiga um suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na Prefeitura da Cidade envolvendo Marcelo Lima.

O prefeito Marcelo Lima (Podemos), foi afastado do cargo por um ano, durante uma operação da PF, nesta quinta-feira (14), em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
De acordo com a Polícia Federal (PF), a operação batizada de "Estafeta", investiga um suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na Prefeitura da Cidade envolvendo Marcelo Lima.
Ainda segundo a PF, outros dois empresários e um servidor público foram presos na operação.
Operação
A investigação começou após a Polícia encontrar em Julho deste ano, cerca de R$ 14 milhões (cédulas de real e dólares), em poder de um servidor apontado como o operador financeiro do prefeito Marcelo Lima.
Para a Polícia, há indícios de corrupção e pagamento de propina em contratos com empresas nas áreas de obras, saúde e manutenção da Cidade. Cerca de R$ 1,9 milhão em dinheiro vivo foi apreendido nesta quinta-feira (14) com alvos diferentes.

A Polícia chegou a requerer a prisão de Marcelo Lima, mas a Justiça negou o pedido. No entanto, a pasta determinou o afastamento dele do cargo e o uso de tornozeleira eletrônica, que seria colocada logo após as buscas na casa dele.
Além disso, Marcelo também está proibido de sair de casa à noite e nos finais de semanas, de ter contato com os demais investigados e de sair da cidade sem autorização judicial.
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Ary José de Oliveira (PRTB) e Danilo Lima Ramos (Podemos). FOTOS: Divulgação/Redes Sociais. |
Estão presos
Foram presos em flagrante os empresários Edmilson Carvalho (sócio da Terraplanagem Alzira Franco Ltda) e Caio Henrique Pereira Fabbri (sócio da Quality Medical), que têm contrato com a prefeitura. Nas casas deles, a PF apreendeu grandes quantias em dinheiro.
Também foi preso Antônio Rene da Silva Chagas, que é servidor da Prefeitura de São Bernardo e atua como Diretor de Departamento na Secretaria de Coordenação Governamental. Já havia um mandado de prisão contra ele.
Foragidos
O servidor da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), Paulo Iran Paulino Costa, apontado como operador financeiro do esquema, segue foragido da Justiça. Foi no apartamento dele que a PF apreendeu a grande quantia de dinheiro mencionada na foto acima.
O que diz a Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de São Bernardo informou "que colabora com todas as informações necessárias em relação ao caso e que a gestão municipal é a principal interessada para que tudo seja devidamente apurado".
Fotos: Divulgação/Redes Sociais.
Fotos: Divulgação/Redes Sociais.