Tribunal de Justiça suspende decisão que autoriza serviço de motos por aplicativo em SP

A Prefeitura da Capital havia suspendido o serviço, alegando que o transporte de passageiros por motocicletas era proibido na Cidade.


O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), suspendeu mais uma vez nesta sexta-feira (16) o serviço de transporte de moto por aplicativo na cidade de São Paulo.

O serviço que é prestado pela empresas 99 e Uber, terá que ser primeiro, ter a regulamentação feita pela Prefeitura de São Paulo em até 90 dias.

Lembrando que Prefeitura da Capital havia entrado com um recurso na última quinta-feira (15), para reverter a liberação do serviço e após ter sido negado, teve o pedido atendido pela Justiça nesta sexta-feira.

Revisão do processo

O desembargador Eduardo Gouvêa, da 7ª Câmara de Direito Público, suspendeu os efeitos da sentença de 1ª instância, que havia declarado inconstitucional o decreto municipal e permitido o funcionamento dos serviços da 99 e da Uber nesse formato.

Eduardo Gouvêa ressaltou que essa suspensão é uma medida de cautela até que haja o julgamento definitivo da ação, além da complexidade do caso e do risco ao trânsito.

Em uma publicação nas redes sociais, o líder dos motociclistas entregadores de aplicativo, Júnior Freitas, informou que a regulamentação feita pela prefeitura não pode ser feita exclusivamente pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), que vai criar inúmeras burocracias e taxas para inviabilizar o serviço na cidade.

Justiça havia autorizado 

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), havia autorizado na última quarta-feira (14), que as empresas 99 e Uber, oferecessem os serviços de moto por aplicativo na Capital Paulista.

O juiz Josué Vilela Pimenta, da 8ª Vara de Fazenda Pública, responsável pelo caso, considerou improcedente a Ação Civil Pública movida pela Prefeitura de São Paulo contra a 99 em janeiro deste ano.

Na época, a Prefeitura da Capital havia suspendido o serviço, alegando que o transporte de passageiros por motocicletas era proibido na Cidade.

Em contrapartida, as empresas 99 e Uber tentaram disponibilizar o serviço na Cidade e deram início a uma disputa jurídica com a administração pública. Porém, a Prefeitura pediu a suspensão judicial imediata da modalidade de transporte e falou que multaria a 99 em R$ 1 milhão por dia em caso de descumprimento. A Uber foi incluída no processo posteriormente, sob a mesma acusação.

Após a nova decisão da Justiça, as empresas 99 e Uber estão legalmente autorizadas a operar os serviços de moto de aplicativo na Cidade. 

A Prefeitura informou em nota que a decisão é invalida e que o decreto imposto nos últimos meses, ainda proíbe o serviço e que continuará com as fiscalizações de motociclistas.

Protesto dos entregadores



O motociata reuniu milhares de motociclistas e chegou a interditar todas as faixas da Avenida Paulista, enquanto seguiram para o túnel que dá acesso à Av. Dr. Arnaldo.

A categoria reivindicou pela "definição de uma taxa mínima de R$ 10,00 cobrada por corrida, aumento no valor pago por quilômetro rodado (de R$ 1,50 para R$ 2,50), limitação de um raio de 3 km para entregas feitas por bicicletas e garantia de pagamento por pedidos, mesmo em entregas agrupadas na mesma rota".


Fotos: Divulgação/redes Sociais.

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