A manifestação aconteceu na Avenida Paulista, na região Central da Capital Paulista. Cerca de 42 mil pessoas participaram do ato, segundo pesquisa.
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Centenas de simpatizantes em prol ao ex-presidente Jair Bolsonaro, participaram de uma manifestação, na tarde deste domingo (07), na Avenida Paulista, região Central de São Paulo.
De acordo com informações da Polícia Militar (PM), a manifestação ocorreu tranquila e pacífica, sem conflitos ou confusão. O ato aconteceu no dia 7 de Setembro, data em que se comemora a Independência do Brasil.
Segundo o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a ONG More in Common, o evento reuniu cerca de 42,2 mil pessoas. A margem de erro do levantamento é de 12%. Os dados mostram que no momento de pico do evento, haviam entre 37,1 mil participantes e 47,3 mil durante o ato.
Vestidos com camisas verde e amarela, faixas e cartazes com a fraee "anistia já", os manifestantes pediam apoio a Jair Bolsonaro, que é réu na Justiça por tentativa de golpe de Estado.
Puxado por um trio elétrico, o ator contou com a participação de Michele Bolsonaro (esposa de Jair Bolsonaro), Pastor Silas Malafia (também investigado na Justiça), o Governador do Estado Tarcísio de Freitas (Republicanos) e demais lideranças do grupo.
O ato deste domingo superou em muito o público da manifestação convocada pela esquerda, contra a proposta de anistia ao ex-presidente, que juntou 8,8 mil pessoas na Praça da República, no Centro de São Paulo.
Em comparação a outras manifestações bolsonaristas, o protesto de hoje foi o quarto maior dos oito promovidos na Paulista por apoiadores do ex-presidente desde que ele começou a questionar a confiabilidade das urnas e atacar mais o STF, quando era candidato em 2022.
O protesto com maior presença de lá até aqui foi o de fevereiro de 2024, que reuniu cerca de 185 mil pessoas poucas semanas depois de Bolsonaro passar a ser alvo da Polícia Federal, investigado por participar da tentativa de golpe de Estado.
A menor concentração de uma manifestação bolsonarista ali foi em junho deste mês, quando o ex-presidente já estava sendo interrogado pelo tribunal sobre a tentativa de golpe. Na ocasião, os bolsonaristas reunidos na Paulista fora cerca de 12,4 mil pessoas.
A manifestação foi marcada por discursos críticos ao Supremo Tribunal Federal (STF), em especial ao ministro Alexandre de Moraes, e por cobranças direcionadas ao Congresso Nacional para aprovar o projeto de lei (PL) da anistia.
Em seu discurso mais forte contra o tribunal, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) falou em "tirania" de Moraes e pediu que o ex-presidente, inelegível, possa se candidatar em 2026. Já a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) fez um discurso com tom religioso e disse, chorando, que o seus direitos têm sido violados e que o marido está "amordaçado em casa".
O pastor Silas Malafaia, responsável por convocar a manifestação, criticou as movimentações para escolha de um candidato para a eleição federal de 2026 que não seja Bolsonaro.
Já o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), falou em "tirania" de Moraes e pediu que o ex-presidente, inelegível, possa se candidatar em 2026.
O que chamou atenção foi uma enorme bandeira do Estados Unidos, estendida em meio aos manifestantes. A imagem chamou atenção de diversas veículos de imprensa pelo mundo.
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Além de São Paulo, as manifestações deste domingo também acontecem em diversos estados do País. O julgamento dos réus e de Jair Bolsonaro se estenderá durante a semana e deve ter fim na próxima sexta-feira (12).
Fotos: Divulgação/Redes Sociais.