A suspeita se apresentava como aluna do curso de direito numa faculdade. Ela e outras duas mulheres são acusadas de matar as quatro vítimas por envenenamento.
A Polícia Civil prendeu nesta semana, uma mulher de 35 anos, que se passava por Universitária, acusada de matar pelo menos quatro pessoas, possivelmente envenenadas, nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
De acordo com as investigações da Polícia Civil e do Ministério Público (MP), Ana Paula Veloso Fernandes se apresentava como aluna de um curso de direito numa faculdade particular e se tornou ré na Justiça, sob a acusação de praticar os homicídios.
Para o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP/SP), Ana Paula é uma "serial killer". Os crimes cometidos por ela aconteceram entre janeiro a maio deste ano
Os crimes
- Marcelo Hari Fonseca, de 51 anos, foi morto em 31 de janeiro deste ano, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Ele alugava imóvel para Ana Paula e sua irmã. O corpo foi achado em putrefação, e o caso foi reaberto após pedido da filha da vítima.
- Já Maria Aparecida Rodrigues, de 49 anos, foi morta em 11 de abril deste ano, também em Guarulhos (SP). Ela era conhecida por aplicativo de relacionamentos e morreu após ingerir um café com bolo envenenados, oferecidos pela Ana Paula.
- Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, foi morto em 26 de abril deste ano, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Ele comeu uma feijoada envenenada por Ana Paula. Segundo a Polícia, o crime foi encomendado pela filha, Michelle Paiva da Silva, de 43 anos. Ela pagou a Ana Paula a quantia de R$ 4 mil para matar o idoso.
- Hayder Mhazres, tunisiano de 21 anos, foi assassinado em 23 de maio deste ano, na Capital Paulista. Ele teria passado mal após comer um milk-shake envenenado pela suspeita. Ana Paula inventado uma gravidez falsa para pedir dinheiro à família Hayder Mhazres.
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| Marcelo Hari Fonseca, Neil Corrêa da Silva, Hayder Mhazres, Maria Aparecida Rodrigues. |
A Justiça aguarda o resultado dos exames periciais, para saber qual foi o tipo do veneno utilizado pela acusada para matar as vítimas. Pelo menos três dos quatro mortos terão os corpos exumados para análise.
Para a Polícia, Ana Paula pode ter tido a ajuda da própria irmã gêmea e da filha de uma das vítimas, para cometer todos os crimes. As outras duas mulheres, Roberta Cristina Veloso Fernandes, de 35 anos, e Michelle Paiva da Silva, de 43 anos, também estão presas por suspeita de envolvimento nos casos.
Ainda segundo as investigações, Ana Paula matou todas as vítimas, para ficar com os bens delas. Ela teria se aproximado de todos fingindo interesses como amizade ou namoro.
Conforme a promotora Vania Caceres Stefanoni, responsável pela denúncia, não há dúvidas que Ana Paula seja uma "serial killer", pois ela friamente planejou, se aproximou e executou todos os crimes.
Durante depoimento na Delegacia, Ana Paula "contou que cometeu todos os crimes porque estava tentando se vingar e incriminar a esposa de um Policial Militar, com quem ela mantinha uma relação extraconjugal". A justiça desmentiu esta informação.
Ela permanece detida numa Unidade Prisional na Capital Paulista. Já Roberta Cristina, foi presa em agosto e permanece detida em Guarulhos, na Grande São Paulo. Enquanto Michelle Paiva, foi presa no Rio de Janeiro e deve ser transferida para Guarulhos (SP) nos próximos dias.
Fotos: Divulgação/Polícia Civil.