Polícia identifica oitavo suspeito de participação na morte de ex-delegado Ruy Fontes em SP

O suspeito tem 39 anos e segue foragido, sendo procurado pela Polícia. Equipes de Perícia encontraram as digitais dele em uma casa, usada pelo os criminosos.


A Polícia Civil divulgou nesta quarta-feira (24), a identidade do oitavo suspeito de participação na execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz, ocorrido no dia 15 de Setembro, em Praia Grande, no Litoral de São Paulo.

De acordo com informações da Polícia Civil, o suspeito é Umberto Alberto Gomes, de 39 anos. Ele segue foragido e está sendo procurado.

Equipes de Perícia encontraram digitais dele numa segunda casa que era usada pelos criminosos, localizada em Mongaguá, no Litoral Paulista. Outros objetos da quadrilha também foram encontrados no local e estão sendo periciados.

Até o momento, outras quatro pessoas já foram presas e outros quatro suspeitos seguem sendo procurados pela Polícia.

Suspeito de liderar homicídio

A Polícia investiga se o ex-detento Fernando Gonçalves dos Santos, conhecido como vulgo “Azul” ou “Colorido”, foi o principal mandante da emboscada que matou o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. 

O acusado seria uma liderança da alta cúpula da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), com influência na Baixada Santista.


Condenado a 28 anos de prisão por roubo, receptação, tráfico de drogas e associação à organização criminosa, "Azul" foi um dos presos transferidos em 2019 da Penitenciária de Presidente Venceslau, em São Paulo, para presídios federais, a pedido do Ministério Público (MPSP), para isolar lideranças do PCC. 

Ele cumpriu pena em Mossoró (RN) e deixou o presídio no mês passado. Além dos oito suspeitos de participar na morte do ex-delegado, o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) acredita que "Azul", teve algum envolvimento no caso. Ele é apontado como um dos chefes do PCC na Baixada Santista.

Para a Polícia, uma das linhas de investigação é que Ruy Ferraz, tenha sido assassinado pelo PCC, por seu histórico de combate à facção, que comanda o tráfico de drogas no estado e já havia o ameaçado de morte anteriormente.

Nomes dos suspeitos

- Felipe Avelino da Silva (segue foragido); 
Conhecido no Primeiro Comando da Capital (PCC) como Mascherano. Ele teve o DNA encontrado em um dos carros usados no crime.


- Flávio Henrique Ferreira de Souza (segue foragido); 
Ele também teve o DNA encontrado em um dos carros usados no crime.


- Umberto Alberto Gomes (segue foragido);
A Perícia encontrou as digitais dele numa segunda casa, que foi usada pelos criminosos, em Mongaguá, no Litoral Paulista.


- Luis Antonio Rodrigues de Miranda (segue foragido); 
Esta sendo procurado por suspeita de ter ordenado que uma mulher fosse buscar um dos fuzis usados no crime.


- Dahesly Oliveira Pires (está presa);
Acabou se entregando a Polícia. Ela é a suspeita de ser a mulher que Luis Antonio teria ordenado para ir buscar o fuzil na Baixada Santista.


- Willian Silva Marques (preso e sem foto);
Se entregou a Polícia. Ele é o dono da casa em Praia Grande (SP), onde teria saído um dos fuzis que que teria sido usado no crime.


- Luiz Henrique Santos Batista (está preso);
Conhecido como vulgo Fofão, está envolvido na logística da morte do ex-delegado. Fofão teria dado carona para que um dos criminosos fugisse da cena do crime.


- Rafael Marcell Dias Simões (está preso); 
Conhecido como vulgo "Jaguar", ele se entrou a Polícia no último sábado (20), em São Vicente, litoral de São Paulo.


O crime

O ex-delegado da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes, tinha 68 anos e foi executado a tiros na tarde da última segunda-feira (15), durante uma emboscada, na Avenida Presidente Kennedy, no bairro Nova Mirim, em Praia Grande, litoral de São Paulo. (Relembre o caso).


O crime aconteceu durante uma perseguição ao veículo de Ruy, que terminou precisamente próximo a Secretaria de Administração da Prefeitura de Praia Grande, local onde ele trabalhava.

Ele foi um dos responsáveis pela prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, uma das principais lideranças da Facção criminosa PCC. de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo 9SSP/SP), as investigações seguem em sigilo.

Suspeito morto

Um dos líderes do PCC, Cleberson Paulo dos Santos, conhecido como vulgo "Nego Mimo", foi morto pela Polícia Militar (PM), nesta terça-feira (23), na Vila Curuçá, Zona Leste de São Paulo.


Conforme a Polícia, durante uma abordagem, o suspeito efetuou vários disparos de arma de fogo contra os militares, que acabaram revidando os disparos. Mimo não resistiu e morreu no local. 

Segundo a PM, em 2019, Nego Mimo havia participado de um plano para matar o ex-delegado Ruy Ferraz Fontes. Ele era integrante da célula do PCC conhecida como “Bonde dos 14”, responsável por organizar ataques contra autoridades do Estado de São Paulo.

O nome dele não foi divulgado pela Polícia Civil como um dos suspeitos na morte do ex-delegado. Porém, esta possibilidade está sendo investigada.


Fotos: Divulgação/Polícia Civil.

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